Notícias

Imip atende a vítimas de violência

Por Diário de Pernambuco    22 de outubro de 2001
Crianças, adolescentes e mulheres vítimas da violência poderão ser atendidas, a partir da próxima segunda-feira, em dois ambulatórios especiais no Instituto Materno Infantil de Pernambuco (Imip). A unidade vai disponibilizar um espaço especial, além de uma equipe multidisciplinar, para esse tipo de atendimento, que antes não era diferenciado dos demais. A inauguração dos ambulatórios acontece hoje com palestras sobre o assunto, dadas pelas delegadas da Mulher, Mariluce Coelho, e de Proteção à Criança e ao Adolescente, Inalva Regina.

Ao todo, 18 profissionais atuarão nos dois serviços, que devem atender uma média de 16 pacientes por dia. Entre eles estão três médicos, três pediatras, seis psicólogos, três assistentes sociais e três enfermeiros. "Não precisamos contratar ninguém. As pessoas são do quadro do hospital e vão fazer rodízio entre si", informou o assessor da superintendência do Imip, Eronildo Felisberto. Segundo ele, também não foi preciso construir nenhum novo prédio para abrigar o atendimento.Serão usados espaços específicos do ambultório de pediatria e do ambulatório da mulher.

Os serviços vão funcionar em parceria com as delegacias especializadas, além do Departamento de Epidemiologia da Secretaria de Saúde do Recife e o IML. Por isso, quando um paciente (criança, adolescente ou mulher) der entrada na emergência no Imip com sinais de violência, as consultas serão marcadas para o ambulatório especial, enquanto seus dados serão repassados às autoridades responsáveis. Para saber lidar com esses pacientes, os profissionais dos dois serviços serão capacitados ainda este mês. "É preciso um cuidado especial. Por isso a capacitação é importante", completou Eronildo.



AGENTES - O atendimento às vítimas da violências não ficará restrito ao prédio do Imip. A partir de novembro, 18 equipes de saúde da família, que são ligadas ao hospital, também serão capacitadas para saber lidar com crianças, jovens e mulheres que sofrem algum tipo de agressão. Essa equipes atuam hoje em sete comunidades do Recife e em uma de Olinda.

Comentários dos Leitores